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O que os Reality Shows podem nos ensinar sobre Marketing

Stefane Rizzi • Sep 27, 2021


Houve um tempo em que éramos conhecidos como o país do futebol, mas acho que não é exagero dizer que isso ficou para trás e agora, os Realitys são a nova paixão do brasileiro.


Tal qual o esporte que já foi nossa marca registrada, os
Reality Shows se tornaram grandes eventos, uma espécie de Copa do Mundo fora de época.

Isso porque, este formato televisivo é capaz de unir pessoas, aproximar inimigos mortais, destruir famílias, ser assunto de debates acalorados em rodas de conversas, te fazer torcer pela mocinha, pelo casal apaixonado e às vezes, até pelo vilão.


E mesmo que você s
eja adepto do “desligue a TV e vá ler um livro”, aquele grupo, cada vez menor, de pessoas que definitivamente não têm o menor interesse no assunto, evitam acompanhar e reviram os olhos sempre que ele vem a tona, saiba que, os Reality Shows vieram pra ficar e uma hora ou outra você será impactado por eles.


Seja através das suas
mídias sociais, pelos colegas do trabalho, pela conversa alheia no transporte público ou por aquele seu primo que não perde um capítulo e tem até fã clube de algum participante. Pois é! Não tem como sair ileso. 


Mas hoje a Gruv está aqui com a missão de te provar que,
Reality Shows são muito mais do que programas superficiais com pessoas sentadas num sofá conversando com uma tela. Eles podem ser verdadeiras aulas de marketing!


Então, se você trabalha com comunicação ou quer
fazer a sua marca crescer no mercado, mas pensa que Reality Shows são uma perda de tempo, é melhor você rever os seus conceitos ou você corre o risco de parar direto no paredão. 😎 


Atenção, telespectadores! Se acomodem, peguem a pipoquinha e seu caderno de anotações, porque o programa de hoje... Quer dizer, o Blog Post de hoje, já vai começar.


_Se pudesse escolher

Entre o bem e o mal

Ser ou não ser..._ 🎵🎶




Duas cabeças pensam melhor do que uma


Um dos fatores que garantem o sucesso de um Reality é o grau de envolvimento que ele consegue estabelecer com o público. Por isso, cada vez mais esse tipo de programa conta com a interação dos telespectadores em basicamente todos os aspectos possíveis.

O programa exibe os comentários dos twitteiros na tela, exibe os memes criados pela audiência que, por sua vez, também escolhe o participante que irá sair a cada semana, quem irá vencer na final, e pode interferir em dinâmicas durante as provas, festas e até na alimentação dos confinados. Pode acreditar!

Mais do que isso, hoje os programas se apropriam de piadas, ideias, comentários gerados pelo público, além claro, de toda a tecnologia e técnicas que analisam os hábitos de consumo, perfil e comportamento dessa galera, para embasar as decisões estratégicas, direcionar o rumo do game, a narrativa, o tom de voz e postura do apresentador, tudo isso para garantir ao público a melhor experiência possível com o programa e manter a tão almejada retenção.

Isso nada mais é do que a tal da cocriação.

Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre isso ou até já se deparou com o termo, mas nunca deu muita bola, nunca pensou a respeito, o fato é, se você tem interagido de alguma forma com esses programas de TV, ainda que seja para xingar muito no twitter e dizer que não suporta o participante X ou o quadro Y, parabéns, você está cocriando.

Essa estratégia consiste em trazer agentes externos para participar ativamente de processos da empresa, fazendo com que seu produto e serviço seja cada vez mais assertivo e diferenciado, fomentando a inovação e aproximando você de seu público final, gerando no seu consumidor o sentimento de estar sendo ouvido, de ter a sua opinião valorizada, de ter voz ativa na construção daquilo que está consumindo, garantindo ainda mais transparência e aumentando a confiança nessa relação.

Pode ter certeza que, pelo menos por questão de afinidade, você não vai levar votos mais!




Quem não é visto não é lembrado, será?


As marcas costumam investir pesado para impactar o maior número de pessoas, seja aparecendo no horário nobre da TV, patrocinando um evento muito popular ou abrindo uma loja conceito no ponto mais badalado da cidade. Mas, recorrendo a mais uma frase pronta, quantidade não garante qualidade.

Ainda que isso seja um grande clichê, é muito comum cometermos o erro de pensar apenas com quantas pessoas estamos falando, ao invés de se estamos falando da melhor maneira ou no momento mais apropriado.

Imagine que a sua marca está patrocinando a Copa do Mundo, um dos maiores eventos esportivos que existem. Praticamente todos os brasileiros estão ligados na TV, mas ao invés de uma momento de alegria, eles estão assistindo o zagueiro da seleção chorando, justificando o fato de termos tido uma derrota histórica pelo placar de 7 a 1 (ainda dói), enquanto sua marca aparece logo atrás dele, em um painel ao fundo. Tá aí um sentimento que você não quer associar a sua marca, certo?

Pois bem, vamos voltar aos Reality Shows e falar sobre um case de dar água na boca 🤤.

Além da Juliette e do Gil do Vigor, quem também brilhou na edição do Big Brother Brasil deste ano foi o McDonald’s. A rede de fast food marcou presença em diversos momentos ao longo do game, como em provas, nos intervalos comerciais, mas o gol de placa mesmo, já que falamos de futebol, ficou por conta da ação desenvolvida pela agência DPZ&T em parceria com a Globo, a Festa do Pijama McDonald’s.

A festa levava as cores da marca e tinha em sua decoração elementos que remetiam as lojas da rede. Além disso, os participantes puderam desfrutar dos produtos do cardápio, enquanto vestiam pijamas temáticos que, adivinhem, passaram a ser vendidos também nos restaurantes e através do delivery.

O resultado dessa campanha foi surreal e os números falam por si:


  • Durante a noite da festa, o McDonald's conquistou seis dos dez assuntos mais comentados do twitter;

  • Teve um aumento de mais de 1.000% no número de menções espontâneas sobre a marca;

  • A empresa bateu recorde e vendeu mais do que na Black Friday do ano anterior;

  • Aumentou em 120% o número de downloads do aplicativo do McDonald’s e 25% nos acessos;

  • Teve também um aumento de 4.334% nas pesquisas pelo nome da marca no Google e 39.900% nas procuras por “Méqui Box”.


Este é um pequeno resumo do impacto dessa ação apenas naquele fim de semana, mas se avaliarmos um intervalo de tempo maior, é possível detectar a influência dessa ação de marketing na melhora de indicadores como o Net Promoter Score (NPS) e no faturamento da empresa, em comparação com o mesmo período no ano passado.

A internet veio a baixo e a reação do público foi extremamente positiva. Em muitas publicações os internautas relembravam com saudade da época em que curtiam aquela baladinha madrugada adentro e depois eram salvos pelos lanches do McDonald’s, muitos disseram que não conseguiram resistir a “fome de mc” ao assistir à festa e foram incontáveis os registros compartilhados nas redes sociais mostrando os clientes não só comendo, mas vestindo as peças da campanha.

O McDonald’s conseguiu fazer uso da imensa audiência do programa, mas foi além, reforçando a marca na mente do consumidor, vinculando a conceitos positivos como festa, diversão, liberdade, amizade e ainda despertando nos telespectadores um sentimento quase nostálgico, de uma época pré-pandemia, onde podíamos nos reunir e curtir com os amigos, encerrando o dia no McDonald’s mais próximo.

Por isso sempre reflita: afinal de contas, pelo que você quer que sua marca seja lembrada?




O mundo é dos autênticos


E já que falamos agora a pouco sobre os fenômenos Gil e Juliette, nada mais justo que a nossa última dica vir direto desses cases de MUITO sucesso.

Se tem uma coisa que todo brasileiro já fez foi se imaginar dentro da casa mais vigiada do Brasil. Você muito provavelmente já bolou várias estratégias, coisas que diria ao vivo, coisas que não faria de jeito nenhum, pensou em participantes nos quais tentaria se espelhar, criou as estratégias de jogo mais mirabolantes. Fala sério, nem parece tão difícil assim, né?

Mas pode ter certeza que, assim como você, todos os participantes que saíram batendo recordes de rejeição, canceladíssimos, inimigos da nação, também entraram com todo o plano de ação arquitetado, passaram por muito treinamento, sessões de coaching, até o figurino já estava separada para cada tipo de ocasião diferente, combinando com os posts de suas redes socais. Mas afinal de contas, o que foi que deu tão errado então?

Se analisarmos o contraste entre a história escrita por esses participantes com a trajetória da campeã da edição desse ano, a Juliette, e do novo queridinho do Brasiiiiiiil, o Gil do Vigor, podemos detectar um fator crucial, uma característica que encantou os telespectadores, e ela se chama AUTENTICIDADE.

Ao longo de todo o jogo, esses dois participantes demostraram muita autenticidade e personalidade e até nos momentos em que fizeram escolhas erradas no jogo, fizeram sem forçar a barra, sem tentar ser alguém que não são, ou como diz aquela expressão frequentemente usada em Realitys, sem interpretar um personagem. Parece bobagem, mas essa autenticidade, essa verdade que os dois transmitiram, aliada, claro, ao carisma dos dois, gerou um vínculo muito forte com o público, que facilmente se identificou com a história dos nossos dois heróis.

Afinal de contas, não é isso que buscamos para a nossa marca, gerar identificação, estreitar o relacionamento com nossos clientes criando um vínculo afetivo? Quem sabe esse também não pode ser um fator decisivo nessa relação?

O consumidor está cada vez mais informado, exigente e atento ao comportamento das marcas que segue, julgando cada passo, e meu amigo, basta um pequeno deslize para que você entre para  a temida lista das empresas canceladas.

São comuns os casos, por exemplo, de empresas que declaram apoio a causas sociais com intenções puramente comerciais, tentando ganhar visibilidade junto a determinados grupos de consumidores, mas esse erro pode causar danos a sua imagem, muitas vezes irreversíveis.


Essa estratégia, comumente, tem efeito contrário, gerando desconforto com esse público, que consegue encontrar notícias antigas e relatos que enfraquecem e/ou desmentem a narrativa que você estava tentando criar, afastando ainda mais você dessa galera que agora acredita que você é só mais um interessado nos tais do Pink Money, Black Money ou Green Money.

O melhor caminho mesmo é seguir aquele antigo dito popular grego que diz “conhece-te a ti mesmo”, dessa forma você evita “interpretar um personagem”, consegue se conectar com o seu público alvo de uma maneira real, gerando identificação e cria uma comunidade fiel em torno do produto ou serviço que você oferece.

Discordando um pouco da banda Audioslave que dizia “be yourself is all that you can do”, você pode e deve ajudar causas que acredita e fazer a diferença na sociedade através da sua empresa, mas faça isso deixando o lucro em segundo plano e priorizando sempre a autenticidade.


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